quarta-feira, 1 de julho de 2009

Exílio...


Faz tempo, né??? Tempo que não aprendo nada para compartilhar.
Quem me conhece já faz algum tempo sabe que o último ano tem sido difícil para mim.
E, muitas vezes, quando eu penso que haverá calmaria, eu sofro um baque ainda maior.
Tenho tentado levar tudo com muita alegria, com sorrisos, tentando fazer novos amigos, sair e dar muitas gargalhadas com pessoas de quem gosto demais... Trabalhar bastante, buscando até mesmo realizar atividades além da minha alçada e responsabilidade...
Só que eu tenho de voltar para casa. E encontrar meu quarto vazio, e minha caminha lindamente arrumadinha, com seus lençóis maravilhosamente bordados, muitas almofadas... E um vazio enoooooooooooorme no meu coração.
Sinto falta daquilo que meus pais não me podem dar... São meus amores, sim, aqueles a quem amarei até o dia em que eu morrer, que me suprem as necessidades, e estão ali para o que puderem ajudar.
Generosos em tudo para mim e por mim...
Mas, não são o meu amor. Não são a pessoa para cujos braços e abraços eu corro.
Não são a pessoa a quem aguardo todos os dias para abrir a porta, e não tem o cheirinho que tanto amo...
Aquela pessoa para quem você conta tudo. Tudo mesmo. E para quem não conta tudo... Mas, nem precisa: Mesmo quando nos calamos, nosso coração continua a falar.
E nossos olhos também dizem tudo quanto nossos lábios não querem dizer.
Eles não nos tocam o corpo, até ao ponto em que nossa alma também é tocada, e não dormem juntinho da gente, com aquele calorzinho gostoso que é bom até quando está quente.
Meus pais não tem aquela voz única que você distingue no meio de milhões , nem todas as canções de que mais gostamos...
Sem contar que não podemos brigar com eles da mesma forma como fazemos com esse ser único a quem chamamos de Amor... Amado... E nem depois fazer as pazes do modo tão gostoso... Parece que fica tudo melhor!!!
Sabem como é?
Poder acordar com um sorriso na alma, grato porque você encontrou seu companheiro de existência... Ou pelo menos acha que encontrou.
Aquela pessoa que não importa o que faça, o que tenha feito, o que fará ou falará, você ama, do mesmo jeito e, às vezes, até mais conforme percebe que tem suas limitações.
Porque sabe que elas são parte daquilo que lhe encantou... O fascínio de viver construindo sua existência, cimentada em outro ser.
Hoje eu sou uma construção de tijolos sem cimento. Tinha ouro escondido nas frestas de minha alma, e arrancaram meu cimento para tirá-lo de dentro de mim.
E estou exilada, longe da vida que era tão minha!!!
E dentro do meu quartinho - que não é meu - perto das minhas coisas, folheio meus livros, à procura de algo que explique este nada que tudo consome, buscando refúgio em meu exílio da vida da qual tive de partir...
Sinto saudades do meu lar... Aquele mesmo do qual fiz a minha pátria, meu lugar, simplesmente porque lá estava o Meu Amor... E estou - agora, e por enquanto - aguardando ser repatriada, ou mesmo me nacionalizar, nessa terra estranha na qual me encontro neste exato momento...

Beijos a todos!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Amo! Amo! Amo!

"Eu sou o mesmo livro, podes ler"...

Mudou – Taiguara “Mudou! Mudou o tempo e o que eu sonhei pra nós Mudou a Vida, o vento e a minha voz, Mudou a rua em que eu te conheci. ...