...E foi assim que, num dia azul, eu acordei num quarto escuro... Sem qualquer vontade de levantar para sentir o cheiro da manhã.
Eu só queria continuar de olhos fechados, aquecida por meu cobertor, fingindo ser ele o seu corpo encostadinho nas minhas costas, e as minhas almofadas eram seus braços me envolvendo num abraço terno e demorado de uma noite inteira.
Mas, tive de me levantar, porque o dia me chamou, berrando nos meus ouvidos que você não estava comigo ali. E o cotidiano me puxou pelos braços gritando que a vida tem de ser mais que uma caminha macia...
Saí por uma estrada de cidade, tão descolorida... Porém, ela é ladeada pelo verde da vida que explode em cada canto do verão fresco e azul que se levantou, num sorriso de sol que se escondeu durante dias nas chuvas que o preparavam.
Elas foram o casulo desses dias... E as nuvens negras revelaram o lago de profundo azul... Onde eu não posso agora estar à beira ouvindo o silêncio de Cecília...
3 comentários:
Gabizinha,
É extremamente agradável perceber e sentir, mesmo que sutilmente, essa manifestação de carinho através das palavras... Sei que as atitudes falam por si, mas as palavras tem o poder de maximizar (ou minimizar) um belo gesto... Hummm... Quanto mais dura é a volta ao cotidiano mais valorosos são os momentos de prazer, principalmente a dois. Beijos!
Com cotidiano, ou sem cotidiano, só sei que senti sua falta...
E espero que minhas atitudes falem muito mais do que as palavras... É bem possível usar as palavras habilmente, mas nem tanto assim se pode fazer com nossos atos, já que são imediatos e irreversíveis. Sei que sou muito chata... E sei mais ainda que você tem muita paciência comigo...
Beijão, Querido!
Olá Gabi, bela descrição de um dia que seria morno como outro qualquer, e com as belas palavras tornou-se uma lembrança azul. Gostei muito...por mais quente e confortável que seja o nosso "casulo" temos asas para voar, não desperdice um dia sequer...beijinhos
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